Projeto de lei prevê multa de até R$ 1.500 para quem levar bebês reborn em hospital ou usar como atendimento preferencial

Os bebês reborn viraram febre e já geram também motivos de preocupação entre as autoridades. Na semana passada, o Governo do Paraná fez uma publicação com alerta e a Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa) comentou sugerindo que já tinham histórias de pessoas que levaram bonecas para atendimento em UPAs. Nesta segunda-feira (19), o vereador Renan Ceschin (Pode) disse que protocolou um projeto de lei para evitar que isso se torne um problema.

Um dos casos que ganhou notoriedade envolve um casal que, após o fim do relacionamento, passou a disputar a “guarda” de uma boneca reborn. Segundo a advogada e influenciadora Suzana Ferreira, procurada pela cliente em questão, o impasse vai além da posse do objeto, incluindo a regulamentação da “convivência” com a boneca (referida como “filha reborn”), a divisão dos custos com a boneca e seu enxoval, e a disputa pela administração dos perfis da bebê reborn nas redes sociais.

Suzana Ferreira ressaltou que não se trata de uma brincadeira online, mas sim de “demandas reais” que refletem a “loucura da sociedade” e impactam diretamente a profissão legal. O perfil da boneca nas redes sociais é visto como um “ativo digital atualmente”, pois gera engajamento, publicidades e lucros.

“O Instagram da bebê deveria ser das duas pessoas. A conta é um ativo digital atualmente, então também pode ser considerado como patrimônio”, disse Suzana.

Uma jovem de 25 anos levou um bebê reborn para receber atendimento médico em uma Unidade de Pronto Atendimento de Guanambi, no centro-sul baiano. O caso aconteceu na noite de domingo (18), e foi confirmado pela prefeitura. A mulher não foi atendida, mas o caso foi relatado à direção da unidade.

Padre Chrystian, pároco com 3,7 milhões de seguidores no Instagram, se manifestou sobre os controversos bebês Reborn. Em postagem realizada neste último sábado (17), em seu perfil no Instagram, o religioso fez um esclarecimento bem-humorado dizendo que não realiza batizados ou primeira comunhão de bonecas Reborn, nem “oração de libertação para bebê possuído por um espírito Reborn”.

Câmara dos deputados entra no circuito para tentar fiscalizar; além de criar formas de acolhimento para pessoas com dependência emocional nos bonecos. Três projetos de lei foram protocolados para criar restrições aos bebês reborn, mais conhecidos como bonecos ultra realistas. A ideia é proibir o atendimento em unidades de saúde públicas privadas, filas preferenciais, entre outros benefícios.

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