Após assembleia realizada na noite de terça-feira (3) em São Paulo, sindicatos representantes dos trabalhadores do Metrô, CPTM e Sabesp decidiram pelo encerramento da greve contra os projetos de privatização propostos pelo governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos). Das 2.952 votações contabilizadas, 79% optaram pelo término da paralisação, enquanto 19% foram favoráveis à sua continuação.
A paralisação, iniciada à meia-noite de terça-feira, afetou diversas linhas do Metrô e da CPTM. Camila Lisboa, presidente do Sindicato dos Metroviários, ressaltou o pedido das categorias pelo cancelamento dos processos de privatização e pela realização de um plebiscito oficial para consultar a população sobre a privatização de empresas públicas: “A população está mostrando que não cai nas mentiras do governo e está dizendo não às privatizações”, afirmou Camila.
Durante pronunciamento na manhã de terça-feira, o governador Tarcísio de Freitas classificou a greve como “ilegal” e “abusiva”, destacando sua natureza política e corporativista. Em resposta ao descumprimento de ordens judiciais, o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT) elevou a multa para os sindicatos envolvidos em R$ 1 milhão, atingindo um total de R$ 1,5 milhão por dia de paralisação.