Presidente russo, que visita a China, determinou sobrevoos permanentes na região e criticou a iniciativa americana

O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que as Forças Aeroespaciais da Rússia iniciariam patrulhas permanentes sobre o mar Negro com caças MiG-31 equipados com o avançado sistema de mísseis hipersônicos Kh-47M2 Kinzhal.

Ao falar com jornalistas em Pequim, após uma reunião com o presidente da China, Xi Jinping, Putin ressaltou que essa medida não deve ser vista como uma ameaça, mas sim como um meio de monitorar e garantir a estabilidade na região.

O sistema de mísseis balísticos hipersônicos Kinzhal, com seu alcance impressionante de mais de 1.000 quilômetros e velocidade máxima de Mach 10, é considerado um divisor de águas no domínio da tecnologia militar, conforme informa o IndaStra. A declaração de Putin marca um desenvolvimento significativo na geopolítica em curso na região do mar Negro, e não somente.

“As Forças Aeroespaciais Russas iniciarão patrulhas permanentes na zona neutra do espaço aéreo sobre o mar Negro, e as aeronaves MiG-31 serão armadas com sistemas Kinzhal”, afirmou Putin. E esclareceu: “Salientei que isso não é uma ameaça, mas exerceremos o controle visual e o controle com armas do que está acontecendo no mar Mediterrâneo”.

O anúncio suscitou debates e levantou questões sobre as implicações geopolíticas, não apenas no mar Negro, mas também na região mais ampla do Mediterrâneo. Com o conflito em curso entre Israel e o grupo islâmico Hamas, as observações de Putin sugerem o interesse crescente da Rússia em monitorar os desenvolvimentos na área. O mar Mediterrâneo tem sido há muito tempo um ponto focal para vários interesses internacionais, e a presença da Rússia no espaço aéreo introduz uma nova dimensão à dinâmica em curso na região.

Os Estados Unidos, em particular, têm estado empenhados no Mediterrâneo para apoiar Israel no conflito contra o grupo extremista Hamas. Dois porta-aviões americanos se dirigiram ao mar Mediterrâneo Oriental. Essa escalada da presença militar na região levantou preocupações e questões sobre o potencial de aumento de tensões.

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