Kremlin tinha alertado que quem participasse de manifestações não autorizadas durante a despedida do líder opositor seria punido

Ao menos 56 pessoas foram detidas nesta sexta-feira, 1º, em 14 cidades da Rússia em atos que coincidiram com o funeral de Alexei Navalny, líder opositor de Vladimir Putin que morreu no dia 16 de fevereiro em circunstâncias pouco claras em uma prisão do Ártico. Segundo a OVD-Info, organização que protege os direitos dos detidos, as cidades com maior número de detenções são Novosibirsk, Ecaterimburgo e Moscou, com 14, 10 e seis detidos, respectivamente. A polícia também realizou prisões em Voronezh, Kazan, Nizhny Novgorod, Vladikavkaz, São Petersburgo, Ulan-Ude e Sochi, entre outros. Entre os detidos está o vice-presidente da seção moscovita do partido opositor Iabloko, Andrei Morev, que foi preso pela polícia no metrô de Moscou logo após o funeral, segundo indicou a OVD-Info.

Kremlin alertou nesta sexta-feira que serão punidos todos aqueles que participarem em manifestações não autorizadas durante o funeral do líder opositor.  “Queremos lembrar que existe uma lei que deve ser seguida: qualquer reunião não autorizada constituirá uma violação da lei”, disse o porta-voz da presidência da Rússia, Dmitry Peskov, na sua coletiva de imprensa diária. Peskov acrescentou que quem participar de reuniões não autorizadas será punido de acordo com a legislação vigente. O porta-voz do Kremlin respondeu assim a uma pergunta sobre a intenção dos apoiadores de Navalny de organizar eventos em sua memória em todo o país e no exterior.

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