O Comitê Olímpico Internacional (COI) aprovou uma isenção do período de espera de três anos para atletas mudarem a nacionalidade. Com isso, três de nove alterações aprovadas pelo Executivo do COI, em uma reunião realizada em Paris, corresponderam a atletas russos, os quais solicitaram competir por outros países. Mikhail Yakovlev, medalhista mundial de bronze em 2021 no ciclismo Keirin, competirá com a bandeira israelense. Além disso, a ciclista de BMX Park Valeria Liubimova obteve a nacionalidade francesa, enquanto o lutador Georgi Tiblov representará a Sérvia.

O COI ressaltou que essa isenção foi concedida após o consentimento das federações internacionais e dos comitês olímpicos nacionais. Com a aprovação, de acordo com o artigo 41 da Carta Olímpica, este período de três anos pode ser encurtado ou mesmo eliminado pelo Conselho Executivo do COI, dada a situação específica de cada caso.

Ainda não há uma decisão definitiva sobre a participação de atletas russos e bielorussos nos Jogos. Apesar disso, em outubro deste ano, o Comitê Russo foi suspenso devido às invasões na Ucrânia e a incorporação de outras regiões ucranianas na guerra, como Donetsk, Kherson, Lugansk e Zaporizhia. De acordo com o COI, essas foram violações da Carta Olímpica. Em março deste ano, o governo russo sinalizou ao COI a intenção de que os competidores participem sob uma “bandeira neutra”.

— Já dissemos que tomaremos uma decisão no momento certo e vamos aproveitar o tempo para fazer isso. Obviamente, em algum momento teremos que dar clareza aos atletas se eles irão ou não participar dos Jogos — afirmou Mark Adams, diretor de comunicações do organismo olímpico.

Na última edição das Olimpíadas, Tóquio 2021, a Rússia foi punida pelos escândalos de doping ocorridos durante as Olimpíadas de Inverno em 2014, competindo como “ROC”. A sigla simboliza o Comitê Olímpico e não o país.

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