Entre os mortos, estão dois policiais civis e outros dois do Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope); número de presos já ultrapassa 100, muitos deles do Pará, do norte do país, escondidos no RJ
Subiu para 64 o número de mortos na Operação Contenção, nos complexos do Alemão e da Penha: dois deles são policiais civis e outros dois do Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope) em tiroteio na área de mata do Complexo do Alemão. A informação é do Palácio Guanabara. A Polícia Militar colocou de prontidão toda a tropa, mesmo o pessoal administrativo está convocado a comparecer aos quartéis.
O número de presos já ultrapassa 100, muitos deles de uma facção criminosa do Pará, do norte do país, escondidos no Rio de Janeiro. Mais de 75 fuzis, além de pistolas e granadas foram apreendidos na ação até agora.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, rebateu, as declarações do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, sobre uma suposta rejeição de ajuda ao Estado carioca. “Não recebi nenhum pedido do governador do Rio de Janeiro, enquanto ministro da Justiça e Segurança Pública, para esta operação, nem ontem, nem hoje, absolutamente nada”, disse em cerimônia na Assembleia Legislativa do Ceará, onde irá receber o título de Cidadão Cearense. O posicionamento vem depois de Castro dizer, após a operação contra o Comando Vermelho (CV) que deixou ao menos 64 mortos, o Rio de Janeiro enfrenta o crime organizado “sozinho”, uma vez que forças federais, segundo ele, não o ajudam.
“As nossas polícias sozinhas. É uma operação maior do que a de 2010 e, infelizmente, dessa vez, como ao longo desse mandato inteiro, não temos o auxílio nem de blindados, nem de nenhum agente das forças federais, nem de segurança, nem de defesa. A gente sozinho nessa luta, estamos fazendo a maior operação da história do Rio de Janeiro”, afirmou Castro, acrescentando que dessa vez não pediu ajuda porque teve três negativas.
“Nós já entendemos que a política é de não ceder. Falam que tem que ter GLO (Garantia da Lei da Ordem), que tem que ter isso, que tem que ter aquilo, que podiam emprestar o blindado e depois não podiam mais emprestar porque o servidor que opera o blindado é um servidor federal. O presidente já falou que ele é contra GLO. A gente entendeu que a realidade é essa e a gente não vai ficar chorando pelos cantos”, afirmou Castro.
