O médico Josias Caetano dos Santos, envolvido na morte de uma paciente durante uma hidrolipo, possui um extenso histórico de processos relacionados a erros médicos. Ele foi processado 21 vezes por danos morais, com uma das ações resultando em uma condenação no valor de R$ 50 mil. Este caso ocorreu após um erro em uma cirurgia de abdominoplastia, que resultou em necrose abdominal e perda do umbigo da paciente. Apesar das acusações, todos os processos foram arquivados, e não há condenações penais definitivas. 

Em 26 de novembro de 2024, Paloma Lopes Alves, de 31 anos, morreu após complicações durante uma hidrolipo em uma clínica localizada na Zona Leste de São Paulo. A cirurgia foi realizada na clínica Maná Day, e Paloma havia pago R$ 10 mil pelo procedimento. O marido da vítima, Everton Silveira, alegou negligência durante o atendimento pós-cirúrgico, com demora na chamada para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o que pode ter contribuído para a morte de sua esposa. 

A hidrolipo, um procedimento que utiliza anestesia local e injeção de uma solução de anestésico, soro e adrenalina, tem sido popular por ser mais barata e menos invasiva do que a lipoaspiração convencional. No entanto, especialistas alertam para os riscos envolvidos, como infecções, embolia e trombose, especialmente quando o procedimento é realizado em clínicas sem estrutura hospitalar adequada. O médico Wendell Uguetto, em entrevista, ressaltou que esse tipo de cirurgia exige cuidados rigorosos e que, em um hospital, os riscos são menores devido ao acompanhamento constante de profissionais especializados. 

Esse trágico caso lança uma luz sobre a importância de realizar procedimentos estéticos em ambientes controlados e com profissionais devidamente qualificados e registrados, evitando complicações que possam levar a consequências fatais. 

Fontes: Globo, G1 (27/11/2024) 

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