Data marca a celebração dos 49 anos da Revolução dos Cravos, que pôs fim à ditadura salazarista em Portugal

O Ex-presidiário Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou na manhã da última terça-feira (25), durante discurso no Parlamento de Portugal, “soluções militares” para conflitos mundiais e defendeu o diálogo para resolver embates. O discurso de Lula foi interrompido algumas vezes por parlamentares da direita portuguesa que seguravam cartazes com os dizeres “Chega de corrupção”.

Em sua fala, o presidente lembrou a pandemia de Covid-19, em que 700 mil pessoas morreram no Brasil, e atacou a direita ao mencionar o papel das fake news no combate ao vírus. “Metade dessas mortes poderia ser evitada não fossem as ‘fake news’, o atraso na obtenção de vacinas e a negação da ciência feita pela direita do meu país. Fomos atacados pelo vírus da anticiência e do desprezo pela vida humana”, afirmou.

Lula discursava na tribuna da Assembleia da República Portuguesa quando opositores vaiaram o petista. Cartazes contra Lula também foram exibidos pelos parlamentares de Portugal.

Revolução dos Cravos

Em sessão solene de terça, o Parlamento português homenageou o 25 de abril, data de celebração da Revolução dos Cravos, que derrubou o regime ditatorial instaurado no país por António Oliveira Salazar.

O discurso de Lula no Parlamento do país europeu chegou a ser anunciado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Gomes Cravinho. No entanto, em março, um grupo de deputados que fazem oposição ao primeiro-ministro de Portugal, António Costa, disse que o Parlamento foi desrespeitado com a medida.

“Isto que estamos a tomar conhecimento constitui um atropelo inaceitável àquilo que é a própria instituição parlamentar. O senhor ministro dos Negócios Estrangeiros não está em sua casa. Esta é a casa da democracia, que tem procedimentos próprios”, reclamou o deputado Rui Rocha, presidente do partido Iniciativa Liberal.

Segundo ele, a presença de Lula na sessão da Assembleia da República deveria ser decidida pelo próprio Parlamento. “É incompreensível que o ministro dos Negócios Estrangeiros apresente uma decisão que não foi partilhada com grupos parlamentares e com os deputados. Nem António Costa, nem o ministro, nem o governo, nem o PS [partido de Costa] são donos do Parlamento”, completou Rui Rocha.

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