Por Redação Interior

A Polícia Militar de Campinas, em São Paulo, afastou três de seus agentes após um caso grave de agressão que envolveu uma dona de casa e um soco durante uma abordagem policial. O incidente ocorreu no dia 21 de outubro no bairro Jardim Santa Amália e foi flagrado por câmeras de segurança.

O que aconteceu?

Um vídeo obtido pela afiliada da TV Globo, EPTV, revelou o momento em que três policiais cercaram uma mulher durante uma abordagem, e um deles desferiu um soco no rosto da vítima, que caiu no chão. O caso gerou grande repercussão e foi abordado pela Corregedoria da Polícia Militar, que determinou a abertura de um inquérito para investigar o ocorrido.

A mulher, que preferiu manter o anonimato devido ao medo, relatou que foi abordada por conta de uma discussão entre ela e sua filha. Segundo ela, o primeiro policial foi agressivo verbalmente e ameaçou quebrar seu rosto. A abordagem se intensificou, e durante o momento da detenção, ela foi agredida fisicamente com um soco.

“Após o soco, caí no chão desmaiada. Meus vizinhos tentaram chamar o Samu, mas os policiais não permitiram. Fui levada algemada para o pronto-socorro e, em seguida, à delegacia,” contou a mulher em entrevista.

A dinâmica da abordagem

A abordagem foi marcada por momentos de tensão. Segundo as informações fornecidas pela mulher, o policial que a agrediu estava com as algemas em mãos quando desferiu o soco. Em seguida, ela foi levada para a viatura sem qualquer assistência médica.

Além disso, a vítima relatou que durante todo o processo, foi ameaçada pelos policiais. Ela mencionou que, mesmo temendo represália, não registraria a agressão em um primeiro momento. No entanto, com o apoio jurídico, pretende apresentar a denúncia formalmente à Corregedoria e registrar um novo Boletim de Ocorrência.

A resposta da Polícia Militar

Os três policiais envolvidos no caso foram afastados de suas funções nas ruas e remanejados para atividades administrativas. A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo afirmou, em nota, que não recebeu imagens do caso no início das investigações e que havia classificado a situação como agressão, resistência e tentativa de violência doméstica.

Por sua vez, o coronel Adriano Augusto Leão, responsável pelo Comando de Policiamento do Interior 2 (CPI-2), garantiu que as imagens e os depoimentos, incluindo o de vizinhos, estão sendo analisados pela corporação. Ele ainda reforçou que as investigações continuarão com total transparência e responsabilização para os envolvidos.

O caso já está sob o olhar atento da Corregedoria da PM, que afirmou que não tolera desvios de conduta por parte de seus agentes. Todas as medidas necessárias estão sendo tomadas para apurar as circunstâncias da agressão e identificar responsabilidades.

Conclusão

O caso, que gerou uma onda de preocupação na sociedade, serve como alerta para abordar temas relacionados a violência policial e respeito aos direitos fundamentais. Com as investigações em andamento e a sociedade acompanhando o caso, espera-se que todas as respostas sejam esclarecidas em breve.

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