Redação Atualizado 29/11/24 as 05:39 

As críticas francesas à carne bovina brasileira durante o debate sobre o acordo Mercosul-UE evidenciam as tensões comerciais globais entre duas potências do agronegócio. A Assembleia Nacional da França destacou questões sobre a qualidade, rastreabilidade e padrões sanitários da carne brasileira, unindo deputados de diversos espectros políticos contra o acordo. As declarações refletem um esforço para proteger o setor agrícola francês, que enfrenta dificuldades para competir com a competitividade brasileira. 

A França utiliza discursos sobre sustentabilidade e qualidade para sustentar barreiras comerciais e proteger sua agricultura altamente subsidiada. Enquanto isso, o Brasil, como maior exportador mundial de carne bovina, destaca-se pela capacidade de suprir a demanda global com eficiência e preços competitivos. Essa rivalidade não se limita à carne, mas inclui questões mais amplas relacionadas à hegemonia no agronegócio e ao acesso a mercados globais. 

Embora enfrentando críticas pontuais, a carne brasileira é amplamente reconhecida por sua qualidade. Grandes mercados, como Estados Unidos e China, importam grandes volumes do produto, atestando os padrões de controle e certificação adotados. As críticas francesas sobre o uso de hormônios e antibióticos não refletem o avanço do Brasil em rastreabilidade e normas sanitárias internacionais. 

O agronegócio é essencial para a balança comercial brasileira, respondendo por mais de um quarto do PIB nacional e por superávits comerciais consistentes. A carne bovina é um dos principais produtos exportados, representando não apenas uma fonte econômica, mas também a projeção de liderança global em sustentabilidade e tecnologia agropecuária. 

A retórica francesa contra a carne bovina brasileira pode ser vista como uma estratégia para conter a competitividade do Brasil. No entanto, o país continua avançando em certificações e protocolos que garantem a qualidade de seus produtos. O agronegócio é uma força crucial para o Brasil no cenário global, tanto como motor econômico quanto como elemento estratégico de sua diplomacia comercial. 

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