Por Enéias Mendes

Hannah Kobayashi, uma jovem havaiana de 27 anos, foi encontrada em segurança após desaparecer por um mês. O caso, que teve início em 11 de novembro de 2024, chamou a atenção não apenas pelo desaparecimento voluntário de Hannah, em busca de afastamento da “conectividade moderna”, mas também pela trágica morte de seu pai, Ryan Kobayashi. Ele faleceu em um estacionamento próximo ao Aeroporto Internacional de Los Angeles enquanto participava das buscas frenéticas pela filha.

Hannah, ao tentar se desconectar da vida moderna, não imaginou que o custo de sua decisão seria a perda irreparável de seu pai, que, como todo pai amoroso, estava disposto a sacrificar tudo para encontrá-la.

Essa situação me remete a um episódio pessoal vivido com meu filho Samuel, então com seis anos, em uma grande loja de shopping. De repente, percebi que ele não estava ao meu lado. Meu coração disparou, e fui tomado por um desespero profundo. Na minha mente, imaginei o pior: o medo de nunca mais vê-lo. Após procurá-lo intensamente, finalmente o encontrei escondido entre as roupas das araras, com um sorriso travesso. O alívio foi indescritível. Essa experiência, embora breve, marcou-me profundamente.

Como pais, independentemente da idade de nossos filhos, jamais queremos perdê-los. Mesmo quando afirmam ser independentes e donos de suas vidas, nosso amor permanece firme, vigilante e incondicional. E, para tê-los de volta, somos capazes de qualquer sacrifício.

Essa realidade também se reflete no Evangelho. Jesus Cristo, enviado por Deus Pai, veio ao mundo para buscar os filhos que estavam perdidos. Em Sua busca por nós, Ele entregou a própria vida para nos reconciliar com Deus. Assim como Ryan deu tudo para encontrar Hannah, e como eu faria o mesmo por Samuel, Jesus pagou o preço mais alto para trazer Seus filhos de volta para Deus.

Que a história de Hannah nos leve a refletir sobre o valor das relações e o impacto de nossas escolhas. Que nunca percamos de vista o amor incondicional que Deus tem por nós, manifestado no sacrifício de Cristo. E que, em nossa jornada, possamos sempre buscar estar nos braços do Pai, onde encontramos segurança, amor e paz verdadeira.

Uma resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Conteúdo Protegido !!