O real foi a única divisa entre as maiores economias de emergentes e exportadores de commodities que se desvalorizou contra o dólar nesta terça-feira (22); mercado continua atento ao quadro fiscal brasileiro
O dólar chegou a ceder pontualmente na parte da manhã desta terça-feira (22), devido à arrecadação federal maior do que a esperada em setembro, mas o movimento não perdurou. Em um cenário em que a divisa norte-americana ganhou terreno também contra pares fortes, o renovado mal-estar fiscal e a precificação do eventual retorno do republicano Donald Trump à Casa Branca fez com que o real fosse a pior moeda entre as principais economias emergentes e de exportadores de commodities, ainda que tenha respeitado a marca dos R$ 5,70.
No segmento à vista, o dólar fechou em alta de 0,12%, a R$ 5,6973. Às 17h20, o contrato futuro para novembro, contudo, registrava leve queda de 0,04%, a R$ 5,6985. Já o índice DXY fechou em alta de 0,06%, a 104,075 pontos. O real foi a única divisa entre as maiores economias de emergentes e exportadores de commodities que se desvalorizou contra o dólar nesta terça-feira (22), indicando que a maior pressão foi local. Neste contexto, o mercado continua atento ao quadro fiscal brasileiro, que se deteriorou em outubro e faz com que a divisa americana acumule alta de 3,20% ante o real neste mês.
No cenário externo, o dólar se acomodou com alta ante o euro e o iene, à medida que a eleição presidencial nos Estados Unidos amplia a influência na precificação dos ativos. As bolsas de apostas do mercado apontam chance de vitória do republicano e ex-presidente Donald Trump nas eleições à Casa Branca, o que, segundo analistas financeiros, é positivo para a moeda dos EUA.