De acordo com a investigação, os alvos de ataques cibernéticos, entre eles o ex-juiz Sergio Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol, teriam ultrapassado os 3 mil

Walter Delgatti Neto acaba de ser condenado a 20 anos e 1 mês de prisão, e ao pagamento de multa (736 dias-multa), pelos crimes de interceptação de comunicações telefônicas, organização criminosa, lavagem de dinheiro e ocultação de bens, além de invasão de dispositivo informático alheio com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização do usuário. A sentença foi proferida pelo juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal Criminal do DF, responsável pela ação pela decorrente da Operação Spoofing, que investigou as invasões do aplicativo Telegram de celulares de Sergio Moro, Deltan Dallagnol e outros investigadores que integraram a Lava Jato, além de autoridades dos Três Poderes, empresários, artistas e jornalistas.

Em sua decisão, o magistrado majorou a culpabilidade de Delgatti em “grau exasperado, já que seus ataques cibernéticos foram direcionados a diversas autoridades públicas, em especial agentes responsáveis pela persecução penal, além de diversos outros indivíduos que possuem destaque social”. Também pesou sua reincidência, conforme ficha criminal, e uso de identidade falsa para escapar de mandado de prisão.

Para Leite, a personalidade de Delgatti também “deve ser avaliada de forma desfavorável, ante o exibicionismo de suas condutas ilícitas (materializadas nas imagens encontradas em seu computador)”, portando armas, dinheiro e exibindo carros de luxo. O juiz ressaltou que o condenado em nenhum momento se arrependeu dos crimes praticado, muito pelo contrário, intitulando seus atos criminosos como “ajuda ao povo brasileiro”. De acordo com a investigação, os alvos de ataques cibernéticos de Delgatti e seus comparsas teriam ultrapassado os 3 mil.

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