Por Redação
Atualizado em 28 de novembro de 2024, às 17h40
Em 2009, a Suécia optou por substituir livros didáticos por dispositivos eletrônicos, como computadores e tablets, em suas escolas. Quinze anos depois, o país está investindo 104 milhões de euros para reverter essa decisão, que agora é considerada um erro pelos dirigentes suecos, devido ao impacto negativo no desempenho escolar.
Motivações da Mudança
O governo sueco identificou que o uso excessivo de dispositivos eletrônicos prejudica a concentração, a memória e a compreensão dos alunos. Estudos apontam que a leitura em telas retroiluminadas é mais cansativa que em papel, além de dificultar o aprendizado por permitir distrações como videogames e vídeos.
Além disso, pais suecos relataram que os dispositivos são mais utilizados para entretenimento do que para fins educacionais. Como resultado, habilidades críticas e o desempenho geral dos estudantes começaram a deteriorar, apesar de o país ainda manter padrões educacionais relativamente altos.
Retorno aos Livros Didáticos
Com o objetivo de melhorar a qualidade do ensino, o governo sueco busca garantir que cada estudante tenha acesso a um livro didático por matéria, promovendo um retorno ao aprendizado tradicional em papel. Entre 2022 e 2025, a Suécia planeja investir no abandono gradual das ferramentas digitais em sala de aula.
Contexto Internacional
Essa mudança ocorre no momento em que outros países também questionam os efeitos da tecnologia no ambiente escolar. Nos Estados Unidos, por exemplo, experimentos que proibiram o uso de celulares nas escolas resultaram em melhorias nas notas e na socialização dos alunos.
O debate sobre o equilíbrio entre o uso de tecnologias e métodos tradicionais na educação está em evidência, com a Suécia se posicionando como um exemplo de reavaliação após um experimento de longo prazo.