Veja como proteger o bem-estar do seu animal de estimação durante o inverno
Com a aproximação do inverno, as temperaturas começam a cair e os ambientes tornam-se mais frios. Essas mudanças, que afetam diretamente o dia a dia das pessoas, também impactam a saúde e o comportamento de cães e gatos. Apesar de muitos pets terem pelos, nem todos possuem a proteção necessária para lidar com o frio intenso.
Filhotes, idosos, animais de raças pequenas ou com pelos curtos e aqueles com doenças pré-existentes são especialmente sensíveis às baixas temperaturas. Além disso, o inverno pode influenciar diretamente o apetite, o humor, a pele e o sistema imunológico dos pets. Por isso, é essencial adotar medidas preventivas para garantir o bem-estar dos bichinhos durante essa estação.
A seguir, entenda como o frio pode afetar a saúde de cães e gatos e o que fazer para evitar complicações!
1. Doenças respiratórias
Segundo a veterinária Cinthya Ugliara, as doenças respiratórias estão entre as mais comuns neste período do ano, tanto as alérgicas quanto as infecciosas, causadas por vírus ou bactérias. A exemplo, estão a rinotraqueíte felina (gripe felina) e a traqueobronquite infecciosa canina (gripe canina).
“No geral, essas doenças podem causar sintomas como tosse, espirros, secreção nasal e falta de ar. Para tratá-las, é necessário [ter] um diagnóstico adequado e acompanhamento com o médico-veterinário. Mas o mais importante é fazer a prevenção com visitas ao médico-veterinário a cada 6 meses e manter sempre a carteirinha de vacina do pet atualizada”, recomenda.
2. Dores articulares e doenças como artrose
O frio provoca a contração muscular e o enrijecimento das articulações, o que acentua dores em animais com histórico de artrose, displasia ou outras doenças osteoarticulares. Esses efeitos são ainda mais intensos em pets idosos, que naturalmente já têm limitações físicas.
Quando isso acontece, é possível perceber dificuldade ao levantar, andar devagar, relutar em subir degraus e ficar mais quieto. Oferecer camas ortopédicas, manter o local aquecido e, em alguns casos, utilizar anti-inflamatórios prescritos por um veterinário são medidas indicadas.
3. Hipotermia
A hipotermia acontece quando o corpo do animal perde mais calor do que consegue produzir, fazendo a temperatura corporal cair drasticamente. É uma condição grave, mais comum em filhotes, idosos, raças pequenas e de pelos curtos. Tremores, rigidez muscular, fraqueza, confusão e, em casos extremos, coma, podem ocorrer.
Para evitar, é importante manter o pet aquecido, com roupas específicas, cobertores e camas protegidas. Durante os passeios, prefira horários mais quentes e evite locais com vento ou umidade.
4. Problemas de pele
No inverno, a pele de cães e gatos tende a ficar mais ressecada devido ao ar seco, banhos quentes e menor exposição ao sol. Isso compromete a barreira natural de proteção da pele, provocando coceiras, descamações e até infecções fúngicas ou bacterianas. Para prevenir, o ideal é reduzir a frequência dos banhos, usar produtos hidratantes específicos para pets e manter a hidratação interna com uma dieta equilibrada.
5. Aumento do apetite e ganho de peso
No frio, o metabolismo dos animais tende a acelerar para manter o corpo aquecido, o que pode gerar mais fome. Ao mesmo tempo, a redução de atividades físicas contribui para o ganho de peso. Esse excesso, no entanto, impacta diretamente a saúde, podendo causar problemas cardíacos, articulares e até diabetes.
Para evitar isso, é essencial manter uma rotina de exercícios, mesmo que em ambientes fechados, controlar a quantidade de ração oferecida e, se necessário, buscar orientação veterinária para uma dieta adequada ao inverno.