Redação Portal Atitude New 00:35
O discurso recente do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou medidas que, à primeira vista, buscam promover justiça fiscal e alívio econômico, como a isenção do Imposto de Renda para rendimentos de até R$ 5 mil e a taxação dos super-ricos. Contudo, essas ações possuem uma forte aparência populista e eleitoreira, sugerindo um foco mais na construção de uma narrativa política do que na solução das crises fiscais e sociais que o Brasil enfrenta.
Cortes em Áreas Essenciais e Prioridades Questionáveis
Desde o início do governo Lula, a gestão tem sido alvo de críticas quanto à priorização de recursos. Enquanto o orçamento para Cultura foi ampliado, áreas essenciais como Saúde e Educação sofreram cortes que comprometem diretamente o bem-estar da população.
Na área da Saúde, os cortes atingiram o Farmácia Popular e as farmácias de alto custo, dificultando o acesso a medicamentos indispensáveis, como insulina e outros tratamentos essenciais. Isso impacta principalmente as pessoas de baixa renda, que enfrentam condições como diabetes e outras doenças crônicas, cujas complicações incluem amputações, cegueira e até a morte. Esses cortes destacam uma contradição na política pública, prejudicando exatamente quem mais depende da assistência do Estado.
No campo da Educação, os cortes de R$ 280 milhões limitaram o financiamento de pesquisas, bolsas e assistência estudantil, prejudicando áreas fundamentais para o desenvolvimento do país. Esses ajustes ressaltam um contraste entre os discursos de progresso social e as práticas orçamentárias reais.
A Previdência Militar e a Pseudo-Equidade
O debate sobre a reforma da Previdência também expõe a complexidade do conceito de equidade. Embora o sistema de aposentadoria militar seja frequentemente criticado, essas críticas desconsideram as particularidades de uma carreira que exige uma dedicação integral e que expõe os profissionais a uma extenuação física e mental incomparável.
Jovens que ingressam nas fileiras militares, como na EPCAR ou no Colégio Naval aos 15 anos, ou na EsPCEx aos 17, enfrentam anos de formação em regime de internato, submetidos a escalas de serviço superiores a 36 horas consecutivas, missões constantes e treinamentos de alta intensidade. Na Marinha e na Aeronáutica, esse regime rigoroso se estende por oito anos, enquanto no Exército são cinco anos. Essa rotina acarreta problemas de saúde física e psicológica ao longo da carreira, tornando a ideia de igualdade previdenciária entre militares e outras categorias profissionais um equívoco.
Além disso, a exposição a ambientes extremos, como missões em regiões inóspitas e situações de risco, diferencia ainda mais a trajetória militar de outras carreiras públicas. Exigir que esses profissionais trabalhem até os 55 anos, sem considerar as condições específicas de desgaste físico e mental acumulado, não representa equidade, mas sim negligência com uma categoria essencial à segurança nacional.
Populismo e Sustentabilidade Fiscal
As decisões do governo Lula, incluindo o aumento de ministérios de 23 para 37 e a criação de cargos com altos salários, têm gerado críticas quanto à sustentabilidade fiscal. Enquanto o discurso público enfatiza justiça social, as medidas reais indicam uma priorização de gastos que não necessariamente refletem as necessidades mais urgentes da população.
O custo adicional de novos ministérios e os reajustes salariais de altos cargos, que ultrapassam R$ 2 bilhões, reforçam a percepção de um governo mais preocupado com sua imagem política do que com a eficiência administrativa e o equilíbrio fiscal.
As medidas do atual governo revelam um desequilíbrio preocupante entre prioridades sociais e políticas. Embora a retórica enfatize o compromisso com a equidade, as ações têm penalizado áreas críticas como Saúde e Educação, enquanto privilegiam setores que poderiam ser administrados com maior moderação.
A busca por justiça fiscal e social exige uma abordagem responsável, que reconheça a realidade de cada setor e priorize o bem-estar da população. Ignorar a especificidade das condições militares ou os impactos devastadores dos cortes em Saúde e Educação enfraquece não apenas a confiança pública, mas também a sustentabilidade de qualquer projeto político que almeje o progresso real e duradouro do Brasil.
Leo Godinho
Eis o X da questão. Temos um governo com o maior déficit intelectual que já dirigiu esse país. Algumas coisas como resultado desse desgoverno já vem impactando nossa realidade, o que é o oposto das promessas de campanha dele: queda da bolsa, aumento do dólar, diminuição do poder de compra do brasileiro, desrespeito à constituição brasileira, brigas ideológicas e ou segregação territorial, prisões sem inquéritos formais, portanto sem provas fundamentadas e sem direito a ampla defesa, perseguições políticas, ódio mortal aos contrários à ideologia de esquerda a ponto de aparelharem os órgãos de notícias, pagando-os para distorcerem a verdade e produzirem notícias falsas e por aí vai. Abraço professor Léo Godinho e parabéns por mais um artigo dinâmico e de excelente teor e com compromisso com a verdade. Eis uma análise que vai direto ao ponto sem resenha.