Líderes não chegaram a um consenso para citar os conflitos entre Israel e Hamas ou Rússia e Ucrânia
A reunião de ministros das finanças do G20 terminou nesta quinta-feira, 29, sem um consenso entre os líderes devido a divergências sobre questões geopolíticas. Os conflitos entre Ucrânia e Rússia e Israel e Hamas, por exemplo, ganharam menção apenas no rodapé do comunicado de nove linhas. O anfitrião do encontro, ministro Fernando Haddad, afirmou em entrevista coletiva que as diferenças geopolíticas influenciaram negativamente na possibilidade de se chegar a um acordo. Ele ressaltou, contudo, que houve consenso sobre questões econômicas, como a desigualdade. “Tínhamos alimentado a esperança de que questões mais sensíveis relacionadas à geopolítica fossem discutidas exclusivamente na reunião de ministros das Relações Exteriores da semana passada no Rio de Janeiro”, disse Haddad, antes de afirmar que o Brasil está muito preocupado com os conflitos e busca a paz.
O ministro alemão, Christian Lindner, alertou em entrevista coletiva que a aprovação do comunicado estava vinculada a colocar os conflitos no centro. Apesar da falta de acordo, Haddad considerou a reunião um grande sucesso e afirmou que se trabalhará com mais afinco nas questões sobre as quais não há consenso durante o restante do tempo da presidência brasileira do G20. Segundo o ministro da Fazenda, o Brasil tem grandes expectativas sobre a possibilidade de avançar em direção a uma maior justiça tributária no mundo por meio de um imposto universal sobre a riqueza dos bilionários.Haddad apresentará uma proposta relativa ao assunto aos demais ministros do G20 em julho deste ano.