O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (8), por meio de uma rede social, que Israel e o grupo Hamas assinaram um acordo de paz que marca a primeira fase de um cessar-fogo na Faixa de Gaza. A informação foi confirmada por mediadores internacionais envolvidos nas negociações.

De acordo com Trump, todos os reféns mantidos pelo Hamas desde o ataque de 7 de outubro de 2023 serão libertados como parte inicial do acordo. Estima-se que o grupo ainda mantenha 48 reféns, sendo 20 vivos. Conforme o plano divulgado anteriormente pela Casa Branca, o Hamas teria 72 horas para efetuar a libertação. Um porta-voz israelense afirmou esperar que as primeiras liberações ocorram a partir de sábado (11).

Fontes da imprensa americana indicam, contudo, que o Hamas solicitou mais tempo para devolver os corpos das vítimas. Em contrapartida, Israel deverá libertar prisioneiros palestinos.

Trump também informou que as tropas israelenses serão recuadas para uma linha previamente acordada dentro de Gaza, embora os detalhes dessa posição ainda não tenham sido divulgados. “Esta é uma conquista histórica que representa o início de um caminho para uma paz duradoura”, declarou o presidente.

“Todas as partes serão tratadas com justiça! Este é um GRANDE dia para o mundo árabe e muçulmano, para Israel, para todas as nações vizinhas e para os Estados Unidos da América”, escreveu Trump.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed Al-Ansari, afirmou que o acordo define os mecanismos de implementação da primeira fase do cessar-fogo e permitirá a entrada de ajuda humanitária em Gaza.

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu celebrou o avanço, destacando a importância da libertação dos reféns e o papel das forças de defesa do país. Ele informou que o governo se reunirá na quinta-feira (9) para aprovar oficialmente o tratado.

“Um grande dia para Israel”, publicou Netanyahu. “Este é um sucesso diplomático e uma vitória moral e nacional do Estado de Israel.”

O Hamas, em comunicado, agradeceu a Catar, Egito e Turquia pela intermediação das negociações e reconheceu o papel dos Estados Unidos na condução do acordo. O grupo pediu que os países garantidores assegurem o cumprimento integral dos termos.

“Os sacrifícios do nosso povo não serão em vão. Permaneceremos firmes em nossos direitos até conquistar liberdade, independência e autodeterminação”, declarou o grupo.

O conflito entre Israel e Hamas teve início em 7 de outubro de 2023, quando o grupo lançou um ataque que deixou mais de 1.200 mortos e 251 sequestrados. Desde então, mais de 60 mil palestinos morreram em Gaza, segundo dados de autoridades locais ligadas ao Hamas.

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