Ataque seria direcionado a atingir um comadante do Hezbollah, que seria ‘responsável pelo assassinato de crianças em Majdal Shams’ no sábado (27) nas Colinas de Golã, de acordo com Israel
O Exército de Israel confirmou nesta terça-feira (30) que bombardeou Beirute em uma operação dirigida contra o “comandante responsável pelo assassinato de crianças em Majdal Shams”, em uma referência ao ataque atribuído ao Hezbollah no sábado (27) nessa cidade das Colinas de Golã, no qual morreram 12 menores de idade. Uma fonte de segurança libanesa que pediu anonimato confirmou que uma explosão sacudiu os subúrbios ao sul de Beirute conhecidos como Dahye, importante reduto do Hezbollah, enquanto outra pessoa próxima do grupo xiita afirmou que o alvo foi um edifício residencial.
“Não há alterações nas diretivas do comando central”, destacou um comunicado militar israelense sobre o ataque em Beirute, dirigido a um comandante do Hezbollah, cuja identidade não foi revelada, que também é responsável por ter “matado muitos civis israelenses”. Israel havia prometido uma resposta dura a este ataque causado pelo impacto de um foguete carregado com 50 quilos de explosivo – fabricado no Irã e que só consta no arsenal do Hezbollah, segundo Israel.
O foguete atingiu um campo de futebol onde crianças e adolescentes brincavam, matando 12 deles, todos de entre 10 e 16 anos. Outros 16 menores feridos neste ataque permanecem hospitalizados, sete deles em estado grave. “A resposta virá em breve e será dura”, alertou ontem o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, durante uma visita a Majdal Shams, uma cidade drusa nas Colinas de Golã ocupada por Israel desde 1967, depois que o gabinete de segurança lhe deu sinal verde para decidir a forma e o momento da retaliação contra o Hezbollah.
O gabinete do primeiro-ministro divulgou uma fotografia de Netanyahu, reunido com a liderança militar e o seu conselheiro de segurança, Tzagi Hanegbi, na qual é visto atendendo um telefonema, mas sem fornecer mais informações.