O ator passou por uma cirurgia para estancar um sangramento intracraniano nesta quinta-feira (16) e hoje realizou uma nova tomografia de crânio; segundo boletim médico, respira sem auxílio de aparelhos e está lúcido
O ator Tony Ramos, de 75 anos, passou por uma cirurgia de drenagem de hematoma subdural para estancar um sangramento intracraniano nesta quinta-feira (16) no Rio de Janeiro. Segundo o Hospital Samaritano de Botafogo, onde ele foi operado, o artista realizou uma nova tomografia de crânio na manhã desta sexta-feira (17), respira sem auxílio de aparelhos, está lúcido e seu estado de saúde é estável. O ator, que estava em cartaz em São Paulo, com a peça “O que só sabemos juntos”, ao lado da atriz Denise Fraga, foi levado ao hospital após passar mal e as sessões foram temporariamente suspensas. Afinal, quais são as causas e sintomas do quadro que levou Tony Ramos a ser internado?
Um hematoma subdural ocorre quando sangue se acumula entre o crânio, mais especificamente dura-máter que é uma membrana que envolve todo o cérebro – e a superfície do cérebro, o espaço subdural, segundo a organização dos serviços públicos de saúde no Reino Unido, National Health Service (NHS).
Por que o sangue se acumula ali? Um ou mais vasos sanguíneos deste espaço sofrem algum dano, o sangue escapa, e forma-se um coágulo sanguíneo, uma espécie de hematoma, que pressiona o cérebro. Geralmente, o que ocasiona esse dano é um ferimento na cabeça, traumatismo cranioencefálico, que pode vir de uma causa mais violenta, como um acidente de carro ou uma queda de uma grande altura, ou até de pequenas pancadas.
Sintomas e riscos
De acordo com a organização britânica, os sintomas podem incluir uma dor de cabeça progressiva, ou seja, que piora ao longo do tempo, confusão mental, mudanças de personalidade, como ser anormalmente agressivo ou ter rápidas mudanças de humor, sonolência, problemas de fala ou na visão, perda de movimento de um lado do corpo, dificuldade para caminhar e se manter em pé e perda de consciência. Eles podem aparecer rapidamente depois do traumatismo, no que é chamado de hematoma subdural agudo.
O NHS classifica o hematoma subdural agudo como uma doença grave, pois apresenta “alto risco de morte, principalmente em idosos e naqueles cujo cérebro foi gravemente danificado”. A recuperação pode levar muito tempo, segundo a instituição, e deficiências físicas e problemas cognitivos, como problemas de memória e fala, são sequelas possíveis. A perspectiva é melhor para hematomas subdurais crônicos. A maioria das pessoas pode se recuperar totalmente. A confirmação do diagnóstico deve ser feita por exames de neuroimagem.