O regime venezuelano liderado por Nicolás Maduro intensificou as restrições à Embaixada da Argentina em Caracas, atualmente sob custódia do Brasil. Cortes de água potável, luz elétrica e restrições à entrada de alimentos foram relatados pela oposição venezuelana nesta quinta-feira (28). 

Contexto 

A embaixada abriga seis opositores ao regime, ligados à líder opositora María Corina Machado, que solicitaram asilo no local. Desde setembro, a área está cercada por forças de segurança de Maduro. 

O Brasil assumiu a custódia do imóvel em julho, após o regime expulsar os representantes diplomáticos argentinos. 

Violações e Repercussão 

O candidato opositor Edmundo González, exilado na Espanha, denunciou as ações como uma violação de direitos humanos e de tratados internacionais, incluindo a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas (1961), que garante a inviolabilidade das missões diplomáticas. 

“Exigimos respeito à humanidade e ao direito internacional”, declarou González. 

A Convenção estabelece que missões diplomáticas não podem ser invadidas sem autorização do país responsável, neste caso, o Brasil. Qualquer incursão sem permissão configura violação do direito internacional. 

Reação do Brasil 

O Itamaraty foi contatado, mas ainda não emitiu um posicionamento oficial sobre o caso. 

Situação Política na Venezuela 

As tensões políticas aumentaram após denúncias de irregularidades nas eleições presidenciais venezuelanas. González, apontado pela oposição como vencedor, foi declarado derrotado por Maduro. 

A situação reforça as denúncias de repressão sistemática e a escalada da crise humanitária e política na Venezuela. 

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