Redação
O general Valério Stumpf Trindade, ex-chefe do Estado-Maior do Exército, refutou as acusações de que teria atuado como informante do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista ao Metrópoles nesta quinta-feira (5), Stumpf se defendeu, esclarecendo que as críticas que recebeu decorrem de sua postura firme em defesa da democracia. “Fui alvo de ataques por cumprir meu dever. Tenho orgulho de ter defendido a democracia em tempos desafiadores e de ter permanecido leal ao comandante do Exército e à nossa instituição militar”, afirmou.
O general relatou que as ameaças começaram com tentativas de coação para que aderisse a um golpe, e, após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, evoluíram para falsas acusações de que ele teria facilitado a transição de poder.
Relatos de comunicações entre coronéis indicam que fotos de generais que se opuseram ao golpe, incluindo Stumpf, foram divulgadas com incitações a ações contra eles. Em sua defesa, o general esclareceu que seu contato com o Tribunal Superior Eleitoral foi estritamente institucional, visando à segurança das urnas eletrônicas, e negou qualquer envolvimento com o ministro Moraes. Na reserva desde sua saída do comando, Stumpf reafirmou seu compromisso com a defesa da ordem democrática, ressaltando que suas ações estavam alinhadas com o Alto Comando do Exército.
Além disso, Stumpf criticou as campanhas de difamação contra ele, considerando-as uma afronta à integridade do Exército Brasileiro. A investigação da Polícia Federal revelou que a articulação para o golpe se iniciou antes do segundo turno das eleições, com militares radicais promovendo a adesão ao movimento por meio de desinformação. Até o momento, 37 pessoas foram indiciadas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, por tentativa de golpe de Estado e formação de organização criminosa.
Quem é o Gen. Stumpf?
O general Valério Stumpf Trindade é um destacado oficial do Exército Brasileiro, com uma trajetória marcada por uma carreira sólida e diversos cargos de relevância. Natural de Porto Alegre (RS), ele ingressou nas Forças Armadas ainda jovem, com o objetivo de servir ao país, e ao longo de sua carreira acumulou experiências e funções de grande responsabilidade.
Stumpf teve uma formação acadêmica sólida, incluindo a Escola Militar e a Academia das Forças Armadas. Ao longo de sua trajetória, desempenhou funções importantes, destacando-se por sua competência em áreas de comando e planejamento estratégico. Entre os momentos significativos de sua carreira, foi nomeado chefe do Estado-Maior do Exército, cargo de alto prestígio onde coordenou ações e operações de grande escala, além de colaborar diretamente com o comando superior das Forças Armadas.
Além de sua atuação no Exército, o general Stumpf também teve papel de destaque em áreas de defesa institucional e no fortalecimento da democracia brasileira. Durante períodos de grande turbulência política, Stumpf demonstrou firmeza ao defender os valores democráticos e o respeito às instituições. Seu compromisso com a legalidade e a ordem constitucional o fez ser uma figura respeitada tanto no meio militar quanto no cenário político.
Na fase final de sua carreira militar, ele se tornou um crítico aberto ao que considerava movimentos antidemocráticos, sempre defendendo que o Exército deveria ser um pilar da estabilidade e da soberania nacional. Após sua aposentadoria, o general continuou a se manifestar publicamente, defendendo as Forças Armadas e a preservação dos valores democráticos, especialmente em momentos de crise política no Brasil.
Stumpf também esteve envolvido em situações de grande repercussão, como o processo de transição de governo pós-eleições, onde se opôs a movimentações de cunho golpista e foi alvo de ataques por sua postura institucionalista, reafirmando seu compromisso com a defesa da democracia e da integridade do Exército Brasileiro.
Sua trajetória é marcada por um profundo compromisso com os princípios do Exército e com a defesa da democracia, o que o tornou uma figura de destaque em sua geração.
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