Em 2023, os gastos do governo federal com o Bolsa Família aumentaram expressivos 47,1% em relação ao ano anterior, refletindo o esforço do governo em ampliar o programa de transferência de renda, uma das principais ferramentas de apoio às famílias de baixa renda. Esse aumento fez parte de um crescimento geral das despesas públicas, que subiram 3,6% no mesmo período, sendo acompanhadas por uma expansão das receitas de apenas 3,4%. 

De acordo com dados do IBGE divulgados no dia 27 de novembro, a necessidade de financiamento do governo geral foi de R$ 844 bilhões, marcando um aumento alarmante de 111,2% em comparação com 2022. Esse cenário reflete a pressão crescente sobre as contas públicas, com um déficit fiscal elevado que exige mais financiamento para cobrir os gastos. 

Embora a arrecadação de impostos tenha mostrado um aumento, com destaque para o crescimento de 16% nos impostos sobre a propriedade, especialmente devido ao aumento do IPVA, algumas fontes de receita apresentaram queda. A arrecadação de dividendos, por exemplo, caiu 39,4%, o que contribuiu para agravar a situação fiscal. Por outro lado, transferências extraordinárias, como os recursos de R$ 26 bilhões do PIS/Pasep, ajudaram a melhorar parcialmente as finanças do governo. 

Em meio a esse cenário de aumento de despesas e uma arrecadação que não acompanha a expansão dos gastos, a situação fiscal do governo segue delicada, com desafios de longo prazo pela frente. 

Fonte: Jovem Pan, 27 de novembro de 2024. 

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