Gleisi Hoffmann, presidente do partido, também planeja discutir o futuro político do PT para as eleições de 2026 e a revisão do artigo 142 da Constituição. 

Por Redação  Atualizado em 07/12/2024 21h12 

Divulgação/PT 

Reunião com foco no pacote fiscal e no futuro do partido 

Durante a reunião do Diretório Nacional do PT, a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, anunciou que a bancada do PT pretende se reunir com o governo federal na próxima semana para discutir o pacote fiscal e suas implicações no Benefício de Prestação Continuada (BPC). Gleisi destacou que o encontro abordará as preocupações do partido em relação às mudanças propostas no programa e esclareceram que não há diálogo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre uma possível nomeação de Gleisi como ministra. 

Detalhes do pacote fiscal e preocupações com o BPC 

O pacote fiscal, defendido pela corrente majoritária do PT, Construindo um Novo Brasil (CNB), adota um tom moderado e evita críticas mais duras ao programa de contenção de despesas. O foco da resolução é garantir que os direitos constitucionais sejam preservados e corrigir desvios e fraudes no sistema. 

Atualmente, o BPC atende idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência de famílias de baixa renda. Entre as mudanças propostas no pacote, estão: 

Gleisi afirmou: 

“Vamos começar a fazer o debate com a bancada esta semana. Mas várias pessoas [do PT] demonstraram preocupações [com o pacote fiscal], principalmente em relação ao BPC. É importante que as medidas sejam para corrigir fraudes, desvios, mas não a retirada de direitos previstos na Constituição.” 

A ala mais à esquerda do partido criticou duramente as mudanças no BPC e na política de valorização do salário mínimo, considerando as alterações como “um grande equívoco” que prejudica os mais pobres. Apesar disso, a resolução com tom moderado prevaleceu por uma margem apertada de votos. 

Planejamento para as eleições de 2026 

Gleisi Hoffmann confirmou que permanecerá na liderança do partido até junho de 2025. A eleição para a sucessão da presidência do PT está programada para julho de 2024, e Gleisi ressaltou a importância de desenvolver um programa político sólido visando as eleições presidenciais de 2026. O planejamento estratégico é considerado essencial para o futuro da legenda. 

Além disso, Gleisi abordou outro tema relevante: a punição para militares envolvidos na tentativa de golpe durante a gestão de Jair Bolsonaro. Ela enfatizou que não há espaço para anistia e reforçou a necessidade de revisão do artigo 142 da Constituição, frequentemente interpretado como uma base para a atuação das Forças Armadas como “poder moderador”. 

Reportagem produzida com auxílio de IA. 

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