Primeiro-ministro descreve diálogo como estratégico e reafirma compromisso com a segurança nacional de Israel e a contenção de ameaças regionais.
Por Redação
15/12/2024 – 20h56
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu destacou, em declaração recente, a posição de Israel de evitar confrontos diretos com a Síria, mas reiterou a determinação de impedir o rearmamento do Hezbollah, considerado uma ameaça estratégica à segurança do país.
A declaração surgiu após um diálogo com Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, ocorrido na noite do último sábado, 14 de dezembro. Netanyahu classificou a conversa como “muito amigável, calorosa e significativa”, enfatizando a importância da aliança entre os dois países para garantir a vitória de Israel no contexto de segurança regional e nas negociações para a libertação de reféns.
Contexto e tensões regionais
Israel mantém uma política de neutralidade ativa na Síria, evitando se envolver diretamente no conflito interno do país. No entanto, operações militares pontuais têm sido realizadas para neutralizar ameaças, especialmente em relação ao transporte de armamentos ao Hezbollah, organização armada que atua no Líbano com o apoio do Irã.
Nos últimos meses, a escalada de tensões no Oriente Médio tem aumentado a preocupação global, com Israel reforçando sua postura de contenção. “Garantir que o Hezbollah não se rearme é uma prioridade para a segurança do nosso povo”, afirmou Netanyahu.
Relações EUA-Israel no foco
A eleição de Donald Trump trouxe expectativas de um fortalecimento ainda maior da parceria estratégica entre os dois países. Durante sua administração anterior, Trump adotou uma postura pró-Israel, reconhecendo Jerusalém como capital do país e promovendo os Acordos de Abraão.
Netanyahu reforçou a importância do apoio americano para enfrentar desafios regionais e acelerar os esforços em curso para a libertação de reféns.
Impactos regionais
A firmeza de Israel em relação ao Hezbollah e às ameaças no entorno da Síria destaca o papel estratégico do país no equilíbrio de poder no Oriente Médio. Ao mesmo tempo, o diálogo com os EUA demonstra a continuidade de uma agenda alinhada com os interesses de segurança e estabilidade na região, apesar das tensões persistentes.
Esta abordagem pragmática visa assegurar que Israel mantenha sua capacidade de resposta frente aos desafios sem abrir mão de buscar soluções diplomáticas e acordos estratégicos.
Com informações da EFE e agências internacionais.