Por da Redação, 10/12/2024 – 14h36

Policiais federais em frente a um imóvel durante a execução de mandados da Operação Overclean, que investiga o desvio de R$ 1,4 bilhão de recursos públicos em cinco estados.

Uma operação realizada em conjunto pela Polícia Federal, pelo Ministério Público Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU) foi iniciada nesta terça-feira (10). A ação, denominada Operação Overclean, visa investigar casos de corrupção, lavagem de dinheiro e desvios de recursos públicos relacionados a emendas parlamentares.

Ao todo, estão sendo cumpridos 43 mandados de busca e apreensão, além de 17 mandados de prisão preventiva, abrangendo estados como Bahia, Tocantins, São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Os órgãos públicos afetados pelo esquema incluem o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) e a Coordenadoria Estadual da Bahia (CESTBA).

O que foi revelado

A investigação revelou que recursos oriundos de emendas e convênios eram desviados para beneficiar empresas e indivíduos associados a administrações municipais. A CGU destacou que a organização criminosa era composta por operadores centrais e regionais que recrutavam servidores públicos para garantir vantagens ilícitas.

O esquema criminoso se caracterizava pelo superfaturamento de obras e pela manipulação de recursos, com pagamentos de propina realizados através de empresas de fachada ou por métodos que disfarçavam a origem dos valores.

Números do esquema

Durante o período em análise, a organização movimentou cerca de R$ 1,4 bilhão, com contratos firmados em 2024 totalizando R$ 825 milhões. A CGU também identificou um superfaturamento parcial superior a R$ 8 milhões em processos de contratação de obras com o Dnocs.

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