Nove países latino-americanos pediram hoje uma “revisão completa” dos resultados eleitorais na Venezuela, após a disputa que deu vitória duvidosa de Nicolás Maduro no domingo.

Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai divulgaram hoje um comunicado em que “exigem uma revisão completa dos resultados com a presença de observadores eleitorais independentes”, bem como uma reunião sobre o tema sob a égide da Organização dos Estados Americanos (OEA).

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou que o Ditador Nicolás Maduro foi reeleito para um terceiro mandato consecutivo com 51,20% dos votos, à frente do candidato da oposição Edmundo Gonzalez Urrutia, que obteve pouco menos de 4,5 milhões (44,2%).
“Os nossos governos vão solicitar uma reunião urgente para emitir uma resolução que salvaguarde a vontade popular, enquadrada na Carta Democrática e nos princípios fundamentais da democracia na nossa região”, assinalaram os nove países no seu comunicado, onde manifestam “profunda preocupação” com o desenvolvimento das eleições presidenciais na Venezuala.

Entretanto, os Estados Unidos anunciaram hoje que vão adiar a tomada de decisões sobre a Venezuela, incluindo a possibilidade de impor novas sanções, até que sejam publicados todos os registos de votação das eleições.

Também o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, durante uma visita oficial a Tóquio, mostrou-se “gravemente preocupado” com a validade dos resultados anunciados e questionou se eles refletem a vontade dos eleitores.

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