Ministros das Relações Exteriores das sete nações mais industrializadas do planeta se reuniram no Japão para discutir a guerra no Oriente Médio e reafirmar apoio à Ucrânia

Os ministros das Relações Exteriores do G7 fizeram um apelo nesta quarta-feira, 8, por uma pausa humanitária na Faixa de Gaza para facilitar a criação de um corredor seguro que permita a entrada imediata de ajuda. Eles também pedem que seja feito tudo o que fosse possível para evitar uma escalada e a expansão do conflito israel-palestino, porém, descartaram um cessar-fogo na região que a 33 dias é constantemente bombardeada por Israel em retaliação ao ataque sofrido em 7 de outubro. “Apoiamos pausas humanitárias e corredores para facilitar a assistência urgentemente necessária, a movimentação de civis e a liberação de reféns”, acrescenta o documento. Segundo Yoko Kamikawa, ministra das Relações Exteriores do Japão, os ministros exigiram uma “libertação imediata dos reféns”, pediram respeito pelas leis internacionais e se comprometeram a “envolver-se” na busca por “uma solução de firmeza e estabilidade em Gaza para alcançar uma paz firme”. “Ressaltamos a necessidade de adotar medidas urgentes para enfrentar a proteção da crise humanitária em Gaza. Todas as partes devem permitir a ajuda humanitária sem obstáculos aos civis, incluindo alimentos, água, cuidados médicos, combustível e abrigo, e acesso aos trabalhadores humanitários”, destaca a declaração conjunta.

O G7 condenou os “ataques terroristas” do Hamas e “outros grupos”, disse a ministra japonesa. Kamikawa destacou em entrevista coletiva que “pela primeira vez os membros do G7 adotam uma mensagem comum sobre a situação atual” em Israel e na Palestina, a qual ressalta “a importância de um passo humanitário” e de continuar um processo de paz em que “a solução dos dois Estados é a única opção viável”. O texto também destaca o “direito de Israel a defender-se e a seu povo, com base na lei internacional, para evitar a repetição” de ataques como o executado pelo Hamas em território israelense em 7 de outubro. Contudo, não ficou claro se os membros do G7 chegaram a um consenso sobre as deliberações , dadas as diferentes visões entre os seus membros no que se refere ao direito israelense de se defender ou o aumento de vítimas civis em Gaza.

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