Ditador venezuelano afirmou, no sábado (11), que país está se preparando para ‘pegar em armas’O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que o país está se preparando, com Cuba e com a Nicarágua, para “pegar em armas” para se defender. A declaração foi dada no último sábado (11), um dia depois de o político tomar posse para o seu terceiro mandato.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou que o país está se preparando, juntamente com Cuba e Nicarágua, para “pegar em armas” em defesa da soberania nacional. A afirmação foi feita no sábado, 11 de janeiro de 2025, durante o encerramento do Festival Mundial Antifascista em Caracas, um dia após sua posse para o terceiro mandato presidencial.
Maduro enfatizou a necessidade de estar preparado para enfrentar o que chamou de “fascismo”, afirmando que é essencial ter a capacidade de derrotá-lo pacificamente, mas, se necessário, enfrentá-lo com armas em mãos. “A Venezuela vai se preparando junto com Cuba, com a Nicarágua, com nossos irmãos maiores do mundo, para, se um dia tivermos que pegar em armas para defender o direito à paz, à soberania e os direitos históricos de nossa pátria, batalhar na luta armada e voltar a ganhar”, declarou o presidente venezuelano.
Essas declarações ocorrem em um contexto de crescente pressão internacional sobre o governo de Maduro. Países como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e membros da União Europeia ampliaram recentemente as sanções contra a Venezuela, em resposta a alegações de fraude nas eleições presidenciais de julho de 2024, nas quais Maduro foi declarado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). A oposição venezuelana, no entanto, contesta os resultados, apresentando atas que indicariam a vitória do ex-diplomata Edmundo González com quase 70% dos votos. González, atualmente exilado na Espanha, afirmou sua intenção de retornar ao país para assumir a presidência, mas enfrenta ameaças de prisão e represálias.
Além disso, figuras políticas internacionais, como o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe, têm defendido uma intervenção militar na Venezuela para promover uma transição democrática. Em resposta, Maduro ordenou o fechamento das fronteiras e do espaço aéreo venezuelano, além de mobilizar as Forças Armadas. O comandante estratégico operacional, general Domingo Hernández Larez, divulgou vídeos nas redes sociais exibindo mísseis e afirmando que “a pátria se defende”.
No período que antecedeu sua posse, Maduro também instruiu a formação de “corpos de combatentes” armados da Milícia Nacional Bolivariana em fábricas e locais de trabalho. Essa milícia, composta por civis treinados e ex-militares, atua como força auxiliar às Forças Armadas regulares, reforçando o controle do governo sobre a sociedade civil.
A comunidade internacional continua a monitorar de perto a situação na Venezuela, expressando preocupações sobre a legitimidade do governo de Maduro e as implicações de suas recentes declarações beligerantes para a estabilidade regional.