Uma reunião entre autoridades russas e americanas sobre uma possível trégua parcial na Ucrânia chegou ao fim nesta segunda-feira (24), após 12 horas de negociações na Arábia Saudita, segundo a mídia estatal russa. O encontro aconteceu a portas fechadas em um luxuoso hotel de Riade, a capital saudita, e teve como foco um possível cessar-fogo no Mar Negro, que poderia viabilizar a retomada do acordo sobre exportação de cereais, encerrado em 2023.

As delegações russa e americana se reuniram em um palácio de Riade, um dia após a primeira rodada de conversas entre representantes dos Estados Unidos e da Ucrânia. A Casa Branca e o Kremlin devem divulgar nesta terça-feira uma declaração conjunta resumindo as negociações, descritas por Moscou como “difíceis” desde o início.

Segundo um integrante da delegação ucraniana, novas conversas com os americanos estão previstas para a próxima segunda-feira, após a análise dos resultados da reunião entre Washington e Moscou. O acordo sobre os cereais, firmado em julho de 2022 e encerrado em julho de 2023, permitiu que a Ucrânia exportasse grãos apesar da presença da frota russa na região.

O presidente americano, Donald Trump, cuja relação com o líder russo, Vladimir Putin, tem gerado impacto no cenário internacional, afirmou buscar o fim das hostilidades e enviou representantes a Riade para dialogar com ambas as partes.

Em um encontro anterior, realizado em março na cidade saudita de Jidá, a Ucrânia aceitou uma proposta americana de cessar-fogo por 30 dias, que foi rejeitada pela Rússia. A equipe americana na reunião mais recente foi liderada por Andrew Peek, alto diretor do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, e Michael Anton, alto funcionário do Departamento de Estado.

Por parte da Ucrânia, a delegação foi chefiada pelo ministro da Defesa, Rustem Umerov, que classificou as conversas de domingo como “produtivas e objetivas”. “Discutimos pontos-chave, especialmente a questão energética”, declarou nas redes sociais.

Já o enviado americano, Steve Witkoff, demonstrou otimismo e disse esperar um “progresso real” nas negociações desta segunda-feira com os russos, especialmente no que se refere ao Mar Negro.

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